Nanã
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
sábado, 31 de março de 2012
Características
Fio de
Contas: Coral
(marrom, bordô, vermelho, amarelo)
Ervas: Cana do
Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha de Louro (não serve para banho), Erva
de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum
amarelo, Catinga de Mulata, Parietária, Para Raio (Catinga de mulata, Cordão de
frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca)
Símbolo: Raio
(Eruexim -cabo de ferro ou cobre com um rabo de cavalo)
Pontos da
Natureza: Bambuzal
Flores: Amarelas ou
corais
Essências: Patchouli
Pedras: Coral,
Cornalina, Rubi, Granada
Metal: Cobre
Planeta: Lua e
Júpiter
Dia da
Semana: Quarta-feira
Elemento: Fogo
Chacra: Frontal e
cardíaco
Saudação: Eparrei Oiá
Bebida: Champanhe
Animais: Cabra
amarela, Coruja rajada
Comidas: Acarajé
(Ipetê, Bobó de Inhame)
Numero: 9
Data
Comemorativa: 4 de
dezembro
Sincretismo: Sta.
Bárbara, Joana d’arc.
Incompatibilidades: Rato,
Abóbora.
Qualidades: Egunitá,
Onira, Balé, Oya Biniká, Seno, Abomi, Gunán, Bagán, Kodun, Maganbelle, Yapopo,
Onisoni, Bagbure, Tope, Filiaba, Semi, Sinsirá, Sire, Oya Funán, Fure, Guere,
Toningbe, Fakarebo, De, Min, Lario, Adagangbará.
As
Características Dos Filhos De Iansã
Seu filho é
conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por
ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor
aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem
ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e
decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros,
gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito.
Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura.
Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar
a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de
peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande
defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a
mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos
de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano
repetitivo.
Costumam ver
guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de
cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz
parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser
mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha,
vencerão todos os problemas.
São
fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que
repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal.
Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude
completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode
acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma
forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá
novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois,
fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de
Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de
uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais
desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer
questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de
Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser
maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba
mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma
tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas
paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se
mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz
contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las
a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem
decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos,
por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são
dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas
características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com
os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem
ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e
para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos
menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure
os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo
tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para seu círculo mais
íntimo.
Lenda de Iansã
Êpa Heyi!
Ogum foi um
dia caçar na floresta. Ele ficou na
espreita e viu um búfalo vindo em sua direção. Ogum avaliou
logo a distância que os separava e
preparou-se para matar o animal com a sua espada. Mas viu o
búfalo parar e, de repente, baixar a
cabeça e despir-se de sua pele. Desta pele
saiu uma linda mulher.
Era Iansã,
vestida com elegância, coberta de belos panos, um turbante
luxuoso amarrado à cabeça e ornada de
colares e braceletes. Iansã
enrolou sua pele e seus chifres, fez uma
trouxa e escondeu num formigueiro. Partiu, em
seguida, num passo leve, em direção ao mercado da cidade, sem
desconfiar que Ogum tinha visto tudo.
Assim que
Iansã partiu, Ogum apoderou-se da trouxa, foi para
casa, guardou-a no celeiro de milho e seguiu,
também, para o mercado. Lá, ele
encontrou a bela mulher e cortejou-a. Iansã era
bela, muito bela, era a mais bela mulher do mundo. Sua beleza
era tal que se um homem a visse, logo a desejaria. Ogum foi
subjugado e pediu-a em casamento. Iansã apenas
sorriu e recusou sem apelo. Ogum
insistiu e disse-lhe que a esperaria. Ele não
duvidava de que ela aceitasse sua proposta. Iansã voltou
à floresta e não encontrou seu chifre nem sua pele. "Ah!
Que contrariedade! Que teria se passado? Que fazer?" Iansã voltou
ao mercado, já vazio, e viu Ogum que a esperava. Ela
perguntou-lhe o que ele havia feito daquilo que ela deixara no formigueiro. Ogum fingiu
inocência e declarou que nada tinha a ver, nem com o
formigueiro, nem com o que estava nele. Iansã não se
deixou enganar e disse-lhe:
"Eu sei
que você escondeu minha pele e meu chifre.
Eu sei que
você se negará a me revelar o esconderijo
Ogum, vou me
casar com você e viver em sua casa.
Mas, existem
certas regras de conduta para comigo.
Estas regras
devem ser respeitadas, também, pelas pessoas da sua casa.
Ninguém
poderá me dizer: Você é um animal!
Ninguém
poderá utlizar cascas de dendê para fazer fogo.
Ninguém
poderá rolar um pilão pelo chão da casa".
Ogum
respondeu que havia compreendido e levou Iansã. Chegando em
casa, Ogum reuniu suas outras mulheres e explicou-lhes
como deveriam comportar-se. Ficara claro
para todos que ninguém deveria discutir com Iansã, nem
insultá-la.
Cada vez
mais enciumadas e hostis, elas
decidiram desvendar o mistério da origem de Iansã. Uma delas conseguiu embriagar Ogum com vinho de palma. Ogum não
pôde mais controlar suas palavras e revelou o segredo. Contou que
Iansã era, na realidade, um animal; que sua pele
e seus chifres estavam escondidos no celeiro de milho. Ogum
recomendou-lhes ainda: "Sobretudo
não procurem vê-los, pois isto a amedrontará.
Não lhes
digam jamais que é um animal!" Depois
disso, logo que Ogum saía para o campo, as mulheres
insultavam Iansã:
"Você é
um animal! Você é um animal!!"
Elas
cantavam enquanto faziam os trabalhos da casa:
"Coma e
beba, pode exibir-se, mas sua pele está no celeiro de milho!"
Um dia, todas
as mulheres saíram para o mercado. Iansã
aproveitou-se e correu para o celeiro. Abriu a
porta e, bem no fundo, sob grandes espigas de milho, encontrou
sua pele e seus chifres. Ela os
vestiu novamente e se sacudiu com energia. Cada parte
do seu corpo retomou exatamente seu lugar dentro da pele.
Logo que as
mulheres chegaram do mercado, ela saiu bufando. Foi um
tremendo massacre, pelo qual passaram todas. Com grandes
chifradas Iansã rasgou-lhes a barriga, pisou sobre
os corpos e redou-os no ar. Iansã poupou
seus filhos que a seguiam chorando e dizendo:
"Nossa
mãe, nossa mãe! É você mesma?
Nossa mãe,
nossa mãe!! Que você vai fazer?
Nossa mãe,
nossa mãe!!! Que será de nós?"
O búfalo os
consolou, roçando seu corpo carinhosamente no deles e dizendo-lhes:
"Eu vou
voltar para a floresta; lá não é um bom lugar para vocês.
Mas, vou
lhes deixar uma lembrança."
Retirou seus
chifres, entregou-lhes e continuou:
"Quando
qualquer perigo lhes ameaçar,
quando vocês
precisarem dos meus conselhos, esfreguem
estes chifres um no outro. Em qualquer
lugar que vocês estiverem, em qualquer
lugar que eu estiver, escutarei
suas queixas e virei socorrê-los."
Eis porque
dois chifres de búfalo estão sempre no altar de Iansã.
Oriki
Orìkí fún Oya
Ajalaiyé,
ajalorin, fún mi ire
Ìba Oya
AJALAIYE
AJALORUN, FUN MI GBOGBO IRE
IBA Yansan
Ajalaiye,
ajalorun wi wini
Bem ma
yansan
Àse
Orìkí para
Oya
Os ventos da
terra e o céu me dão fortuna boa
Eu elogio o
filho da mãe dos nove
Os ventos da
terra e o céu me dão fortuna boa
Eu elogio o
espírito do vento
Os ventos da
terra e o céu são maravilhosos
Sempre
haverá a mãe dos nove
Axé
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